sexta-feira, 1 de maio de 2020

JOSÉ EPIFÂNIO DA SILVA


JOTA EPIFÂNIO - "O VELHO ESCRIBA", NATURAL DE NOVA CRUZ-RN, NASCIDO EM 23 DE SETEMBRO DE 1947. JORNALISTA E COLUNISTA SOCIAL DO JORNAL TRIBUNA DO NORTE. FALECEU EM NATAL NO DIA 31 DE DEZEMBRO DE 1999



  O gosto pelas festas, o prazer em fazer amizade, a arte de relacionar e habilidade para manter uma conversa alegre, foram essas as qualidades e os gestos que fizeram com José Epifânio da Silva acabasse por se decidir a tentar a carreira de jornalista, especializando-se por conta própria no colunismo social. E o fez conta zelo e entusiasmo que durante décadas, tornou sinônimo de informação sobre a sociedade natalense, criando estilo e editando modas como “rei absoluto” da crônica do jet set potiguar.
    Começou a vida como balconista da agência local das lojas Paulistas (mais tarde, as Casas Pernambucanas) afável e conservador, aos 13 anos mudou-se para Natal, onde deveria estudar para “ser realizado, mas não necessariamente pela via de um diploma ou da vida acadêmica.
     Entre um emprego e outro, que garantisse a sobrevivência diária, Epifânio acabou contratado como taifeiro pela Aeronáutica, servindo na Base Aérea de Natal a partir de 1945, o último ano da II Guerra Mundial, onde fez amizade com praças e oficiais brasileiros e norte-americanos. O dom para fazer bons relacionamentos dentro  e fora do quartel, logo chamou a atenção dos superiores”, Epifânio viu promovido a relações públicas da Base Aérea, função que o pós em contato com jornalistas e lhe abriu as portas das redações locais.
    As primeiras notas foram escritas para o jornal do Comércio, veiculo impresso do então “majô” THEODORICO  BEZERRA. DE LÁ, Epifânio mudou-se para as páginas do Correio do Povo, do governador Dinarte Mariz, e em 1966 chegou à TN. Em meio a uma relação que primava pelo vanguardismo e intelectualidade, construiu uma maca própria – a troca do jornal de Dinarte pelo jornal de Aluízio já foi considerada uma “excentricidade”, a coluna de Jota Epifânio, que circulou por 44 anos ininterruptos.
    Irreverente e sarcástico, quando queria, ou elogioso e doce, quando necessário, Epifânio estava em tudo que é festa, sem deixar a política partidária intervir. Lembra Cassiano Arruda. Contemporâneo dos primeiros anos de Epifânio na TN. A coluna de JOTA Epifânio considerada, então, um dos quatro pilares que atraiam leitores e fortaleciam às edições do jornal (os outros eram o informe do Redator, o jornal de WODEN MADRUGA e  coluna de JOÃO MACHADO).
     O sucesso de Jota Epifânio colaborava na resistência da TRIBUNA DO NORTE às pressões do governo militar para silenciar e  tirar o jornal de circulação. Em 1969, com ALUÍZIO ALVES  já cassado, o coronel PAULO SALEMA GARÇÃO RIBEIRO intimou Epifânio a deixar o jornal dos Alves ou sofrer as consequências. Bem relacionado com o comando local da Marinha, Epifânio resistiu. Ficou no jornal e virou relações públicas do Cassino de Oficiais da Base Aérea.
Autodidata do jornalismo social, Epifânio era admirador confesso de IBRAHIM SUED. Cunhou, sobre si mesmo, uma frase impagável: “SER CRONISTA SOCIAL É FÁCIL. DIFÍCIL E SER JOTA EPIFÂNIO”.

FONTE - ESPECIAL DOS 60 ANOS DA TRIBUNA DO NORTE, MARÇO DE 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO, ESTOU ME REFERINDO AO MEU QUERIDO E AMADO BARAÚNAS - O MAIS QUERIDO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE

Minha lista de blogs